Outro dia, conversando com amigos digitais das antigas, lembramos de um detalhe curioso sobre a origem da Alexa. Sim, a Alexa, hoje da Amazon, nem sempre foi aquela assistente de voz que responde perguntas e toca música.
Alexa Internet foi uma empresa fundada em 96 em San Francisco (EUA). Ela que tinha como objetivo analisar o tráfego da web. E isso acontecia para o usuário final através da Alexa Toolbar, uma barra de ferramentas para navegadores que fornecia métricas de tráfego de mais de 30 milhões de sites.
Uma de suas atrações era o Alexa Rank. Tratava-se de um número que, na época, servia como referência para medir a popularidade de um site. Era uma mistura de ferramenta de SEO com ranking.
Em 99 a Alexa Internet foi comprada pela amazon por 250 milhões de dólares. Já tentou trazer esse número para valor presente? 😬
Curiosamente, mesmo com a existência da Alexa como conhecemos hoje, a Alexa das métricas e dados continuou existindo até ser extinta em 2021.
Mas quem lembra ou sabe desse passado?
O grande insight dessa história para mim tem a ver com adaptação estratégica e reposicionamento de marca.
A Amazon poderia simplesmente ter enterrado a Alexa Toolbar e deixado a marca desaparecer. Mas, em vez disso, usou o ativo mais valioso da antiga Alexa — o reconhecimento do nome associado à busca por informações — e o transformou em algo totalmente novo: uma assistente de voz.
Isso mostra que:
1) Marcas não precisam estar presas ao seu produto original — podem (e devem) evoluir conforme o mercado.
2) Nome e posicionamento são ativos estratégicos — um branding forte pode sobreviver a mudanças radicais se for bem trabalhado.
3) Relevância é mais importante que tradição.
Moral da história: é possível matar um produto se houver uma oportunidade maior para a marca. Pois o importante não é o que ela foi, mas o que pode vir a ser.